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Ayrton Senna | Memória, Emoção e Legado

Ayrton Senna:

Memória, Emoção e Legado | 19 anos de Ausência

Crônica + Ensaio breve


Me lembro como se fosse ontem, a família toda se reunindo aos domingos ora com churrascos, ora macarronadas, apenas para nos sentar à frente da TV e curtir o queridão Senna ganhando as pistas. Era sempre assim. Quase todo domingo a música de Eduardo Souto Neto (originalmente gravado pelo Roupa Nova que eu não sabia) eternizada pela emissora batia e vibrava no coração de emoção da vitória, mesmo sabendo que ele iria ganhar, o grito saía da garganta como se escapasse sem querer querendo, rs.

Mas também me lembro dos mesmos corações apertados vendo uma batida numa curva e o carro parado, atravessado no acostamento...
Ele não saia de lá...
— Cadê o Senna, gente? Será que ele desmaiou com o impacto da batida?
E, de repente, ambulâncias, imprensa, helicópteros, gente e mais gente por ali.
Lá no fundo, a mente assoprava com vozes do medo: — Ele morreu?
Não... não podia ser verdade... Ninguém queria acreditar que Senna estava em coma, sendo levado as pressas.
Me lembro do tom da voz do Galvão Bueno...

Apreensivos em saber como ele estava, a notícia veio.
E doeu tudo... A garganta querendo soltar o grito de dor da perda, o coração batendo acelerado sem acreditar, gelando a espinha e a alma.... E as lágrimas quentes escorrendo de tristeza.

Taí, esse cara pode nem ter tido a noção da dimensão da presença dele nos lares. Se tornou ídolo sem querer, de mansinho, buscando um sonho pessoal.
Eu gostava dele =)

Há 19 anos...

E olha que engraçado, o Ayrton Senna era tão adulto, tão homem, aos meus olhos de garota de 14 anos, que hoje eu sou apenas 1 anos mais nova que ele. E eu o alcancei, como na corrida: encostar, manobrar e ultrapassar… Eternizado, ele parou no tempo…

> E você?
Também tem uma lembrança viva de Senna?
Compartilhe nos comentários. Vamos manter acesa essa chama que o Brasil nunca esquece.

Maira Macri.



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