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Mostrando postagens com o rótulo Meus Desenhos

A Moça da Revista | O Lápis me Ensinou a Escrever com os Olhos

  A Moça da revista: O lápis me ensinou a escrever com os olhos Olhar doce... Com ar de menina Mas um brilho de Mulher... Eu precisava treinar meu traço. Abri a revista, procurando algo que me inspirasse. Folheei, folheei as páginas quando, numa virada, avistei a esta bela moça, com olhar sobre os ombros. Que linda — pensei. Na hora puxei meu lápis e a sulfite a me esperar e rabisquei o meu olhar sobre aquele olhar doce. O resultado. De 2006. Naquela época, desenhar era meu refúgio, era oração. Eu não tinha pressa, nem meta. Só queria traduzir o mundo com lápis, c omo se cada luz e sombra, cada linha me dissesse algo que as palavras ainda não sabiam dizer. A moça da revista não era só um corpo bonito. Ela tinha aquele olhar... Eu me identifiquei com aquele olhar. Me vi nele.  Um olhar misterioso que parecia conter uma história inteira em silêncio. E foi isso que tentei capturar: não apenas sua forma, mas sua alma. Talvez a minha alma ali também. Estudar o corpo humano na ...

Mangá e Lápis | Influência de Cavaleiros do Zodíaco e Masami Kurumada

Mangá e Lápis: Influência de Cavaleiros do Zodíaco e Masami Kurumada Publicado em abril de 2008 | Criado nos anos 90 Antes de saber o que era anatomia, proporção ou sombra, eu já desenhava personagens com olhos imensos e emoções ainda maiores. Meu primeiro contato com o estilo mangá foi através dos Cavaleiros do Zodíaco , nos anos 90. Eu amavaaa!! Cada episódio era um feitiço: armaduras douradas, lágrimas masculinas, batalhas cósmicas, laços de amizade que transcendiam a morte e, claro, Shiryu.  Aquilo tudo me atravessou feito flecha de Sagitário. Não entendia ainda o nome Masami Kurumada , mas já reconhecia sua alma em cada olhar dramático, em cada pose heroica, em cada cena onde o sangue virava poesia e a amizade era juramento eterno. Foi assim que o mangá entrou na minha vida. E foi com lápis e papel que comecei a praticar. Sem régua, sem método. Só vontade. Só paixão. Esse primeiro desenho aqui é só um treino. Ela veste um quimono e segura flores. Me lembro da sens...

Bruxaria Básica | A Poção da Autodescoberta

Bruxaria Básica:  A Poção da Autodescoberta Publicado em abril de 2008. Criado em 1997. Houve um tempo em que eu me sentia invisível.  Eu tinha 17 anos, trabalhava como secretária numa agência de modelos e me via como um ser deslocado num mundo de brilho e aparências. Usava óculos grandes, roupas desleixadas e não me arrumava. Ninguém esperava que eu brilhasse. Eu era só “a menina do telefone”. Um fantasma atrás da recepção. Igualzinho aquelas histórias de "Bete a Feia" ou a Aninha de "Chocolate com Pimenta". Num dia qualquer, que parecia mais como os fatídicos que me rondavam, fui chamada para ficar até mais tarde. Haveria um evento, e o dono da agência ia receber algumas modelos vindas de outro lugar. Fiquei sozinha na recepção, à meia-luz. O mundo desacelerou. E então, ela chegou. Daniela. Alta, bonita, segura. Tinha 23 anos e o olhar de quem enxerga fundo. Sentou-se comigo. Começamos a conversar. Ela percebeu minha timidez, meu silêncio, minha tentativa d...